Webinar Ex Módulo 1: Perguntas e Respostas – Parte 1

Pergunta:

Quando utilizamos as válvulas solenoides ASCO, conforme imagens abaixo, temos que fazer uma “emenda” para conexão deste cabo até o painel central,  e por se tratar de unidades para atmosferas explosivas (Zona 2) utilizamos conduletes Ex d.

Esta válvula nos é enviada com um cabo pequeno, não temos muito espaço para esta “emenda”.

Deveríamos incluir uma unidade seladora na saída desta válvula e entrar em uma caixa de passagem?

Muitas vezes nos são enviadas válvulas com cabos separados, não sendo um multicabo, conforme abaixo:

Resposta:

A montagem das válvulas solenoides com invólucros Ex “d” apresentada não atende os requisitos normativos apresentados na Norma Técnica Brasileira adotada ABNT NBR IEC 60079-14 (Atmosferas explosivas – Parte 14: Projeto, seleção e montagem de instalações elétricas), pelos seguintes motivos:

  • De acordo com os requisitos especificados na Norma Técnica Brasileira adotada ABNT NBR IEC 60079-14 – Seção 14.4 (Sistemas de eletrodutos), as unidades seladoras de eletrodutos devem ser fornecidas como parte do invólucro à prova de explosão ou instaladas logo após ou o mais perto possível da entrada do invólucro à prova de explosão, utilizando uma quantidade mínima de acessórios Ex “d” entre a unidade seladora Ex “d” e o invólucro Ex “d”.
  • Utilização indevida de condulete à prova de explosão (Ex “d”) com certificação incompleta (certificado com sufixo “U” / Uncomplete), representando somente um componente “Ex” e não um equipamento “Ex”. Confirmar que os conduletes Ex “d” utilizado não possuem marcação da classe de temperatura, impossibilitando a sua instalação em áreas classificadas
  • Instalação indevida no interior dos conduletes Ex “d” de conectores do tipo “Sindal”. Os conduletes Ex “d” foram certificados vazios e não com instalação de terminais internos (situação em que não seriam conduletes Ex “d”, porém caixas de terminais Ex “d”), muito menos de instalação de terminais sem certificação, sem autorização ou conhecimento do fabricante do componente “Ex” (condulete).
  • Utilização indevida de fita veda rosca (teflon) nas juntas metálicas que servem como área de passagem de chama em caso de ocorrência de ignição interna às solenoides

Uma solução para a instalação deste tipo problemático de solenoide Ex “d” com rabichos (curtos) é a instalação de prensa-cabo Ex “d” (do tipo compressão ou barreira, dependendo de o cabo ser compacto ou não) junto à solenoide e conexão dos cabos em pequenas caixas de junção Ex “e”) instaladas imediatamente após os prensa-cabos.

Seguem as recomendações aplicáveis para a solução dos problemas acima existentes, a serem adotadas doravante para os novos projetos de instalações elétricas, de automação, de telecomunicações ou de instrumentação em atmosferas explosivas:

  • Alterar as especificações técnicas das solenoides, especificando que sejam fornecidas com terminais internos para ligação dos cabos externos
  • Não mais especificar solenoides com invólucros do tipo à prova de explosão (Ex “d”), que como pode ser verificado na montagem apresentada requer procedimentos de projeto, montagem e inspeção de campo muito complexos, propiciando a “normalização dos desvios Ex” verificada
  • Especificar doravante solenoides com tipo de proteção Ex “em”, com tipos de proteção Ex “e” (invólucro e terminais de segurança aumentada) e Ex “m” (solenoide encapsulada em resina)
  • Utilização de graxa ou vaselina nas juntas roscadas, de forma proteção contra corrosão resultante do ingresso de água.

Além disto deve ser assegurado que os cabos utilizados possuem isolamento compacto, conforme requerido na Norma ABNT NBR IEC 60079-14. Em caso de dúvidas, o Anexo E (Ensaio de respiração restrita para cabos) daquela Norma apresenta um procedimento simples de testes de cabos, a ser executado pelos usuários, empresas de montagem ou fabricante dos cabos, sobre estes serem ou não “compactos”.

Saudações,

Roberval Bulgarelli

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