Webinar Ex Módulo 3: Perguntas e Respostas – Parte 2

Pergunta:

O Professor citou que contatores são dispositivos centelhantes e não poderiam estar em equipamentos com tipo de proteção Ex “e”. Mas, os disjuntores também são centelhantes quando há a realização da manobra. E mostrou-se uma caixa Ex “e”, onde foi dado o exemplo. Poderia Explicar?

Resposta:

O tipo de proteção Ex “d” é aplicado desde a década de 1980 a componentes centelhantes, como disjuntores, contatores, chaves de força, chaves de comando, botoeiras e sinaleiros, fazendo com que estes componentes sejam moldados em um invólucro individual plástico.

Neste tipo de componentes Ex “d”, os volumes internos disponíveis para serem ocupados por uma atmosfera explosivas são muito reduzidos, em função do processo de fabricação por moldagem ou injeção em plástico, fazendo com que os seus invólucros não metálicos sejam capazes de suportar uma eventual explosão que possa ocorrer em seu interior.

Normalmente estes componentes centelhantes encapsulados em invólucros plásticos Ex “d” possuem terminais externos para conexão Ex “e”, fazendo com que possuam a marcação Ex de IIC Gb (U).

Estes componentes podem ser utilizado no interior de equipamentos com invólucros plásticos Ex “e”, uma vez que, caso ocorra uma ignição no interior dos componentes a pressão da explosão fica restrita ao interior dos invólucros individuais, não se propagando para o meio externo, possibilitando que os invólucros externos sejam do tipo Ex “e”, fabricado de materiais plásticos (poliéster reforçado com fibra de vidro, por exemplo) ou metálicos (aço inoxidável, por exemplo).

 

Pergunta:

No caso do entreferro de motores “Ex”, diz respeito a uma distância maior entre rotor e estator. Evitando em caso de falha, um atrito entre rotor e estator. Isso?

Resposta:

Correto. Em motores com tipos de proteção Ex “eb” ou Ex “ec”, o entreferro mínimo do motor (distância entre o rotor e o estator) é especificado na Norma ABNT NBR IEC 60079-7, de forma a evitar o risco de centelhamento capaz de gerar uma ignição de atmosferas explosivas em caso de ocorrência de falhas nos mancais dos motores e o consequente roçamento do rotor no estator.

Este entreferro mínimo não é aplicado a motores elétricos “Ex” que possuam outros tipos de proteção “Ex”, como por exemplo Ex “d”, Ex “de”, Ex “p” ou Ex “t”, em função da proteção ser provida pelos invólucros dos equipamentos que possuam estes tipos de proteção.

 

Pergunta:

Com relação ao entreferro de motores “Ex”, um pequeno espaço de ar interpõe relutância de grande valor no circuito magnético; sofre algum prejuízo?

Resposta:

Em motores com tipos de proteção Ex “eb” ou Ex “ec”, o entreferro mínimo do motor (distância entre o rotor e o estator) é especificado na Norma ABNT NBR IEC 60079-7, de forma a evitar o risco de centelhamento capaz de gerar uma ignição de atmosferas explosivas em caso de ocorrência de falhas nos mancais dos motores e o consequente roçamento do rotor no estator.

Este entreferro mínimo não é aplicado a motores elétricos “Ex” que possuam outros tipos de proteção “Ex”, como por exemplo Ex “d”, Ex “de”, Ex “p” ou Ex “t”, em função da proteção ser provida pelos invólucros dos equipamentos que possuam estes tipos de proteção.

O “maior” entreferro em motores Ex “eb” ou Ex “c” implica em uma maior relutância no circuito magnético entre o rotor e o estator. Esta característica poderia implicar, por exemplo, em um menor índice de eficiência enérgica (Códigos IE, especificados nas Normas Técnicas internacionais IEC 60034-30-1 – Motores acionados pela rede e IEC 60034-2 – Motores acionados por conversor).

No entanto podem ser encontrados no mercado motores com tipos de proteção Ex “eb” ou Ex “ec” que atingem os mesmos níveis de eficiência energética proporcionados por motores com outros tipos de proteção “Ex”, como Ex “d”, Ex “de”, Ex “p” ou Ex “t”, evidenciando que este tipo de eventual restrição foi equacionado pelos fabricantes dos motores “Ex”, nas etapas de projeto, dimensionamento e fabricação.

Deve ser ressaltado ainda que os aspectos técnicos relacionados com os níveis de eficiência energética de motores está além do escopo das Normas Técnicas Brasileiras adotadas das Séries ABNT NBR IEC 60079 e ABNT NBR ISO 80079, que possuem como foco a segurança dos equipamentos e instalações “Ex” contra a possibilidade de ignição de atmosferas explosivas formadas por gases inflamáveis ou poeiras combustíveis.

 

Pergunta:

Poderia detalhar sobre os cuidados que devem ser tomados com relação à manutenção em equipamentos Ex “e”, bem como a troca de partes de uma caixa por exemplo?

Resposta:

Para o tipo de proteção Ex “e”, um dos requisitos básicos de segurança é a manutenção do grau de proteção proporcionado pelo invólucro dos equipamentos e de seus acessórios de montagem, como prensa-cabos, adaptadores de rosca ou bujões de fechamento de entradas não utilizadas.

Isto se deve ao fato de que o ingresso de água ou poeira no interior de um equipamento Ex “e” pode comprometer as distâncias de isolação e de escoamento especificadas na Noma ABNT NBR IEC 60079-7, o que poderia dar origem a correntes de fuga, correntes de curto-circuito e centelhamento capazes de causar a ignição de atmosferas explosivas de gases inflamáveis que podem estar presentes no local da instalação.

Sob o ponto de vista dos serviços de manutenção de equipamentos Ex “e”, é importante verificar as condições das juntas de vedação e gaxetas, de forma a assegurar o devido Grau de Proteção especificado pelo equipamento.

Também é importante verificar a integridade dos invólucros dos equipamentos Ex “e”, de forma a evitar que eventuais danos possam permitir o ingresso de água e poeira ao interior dos equipamentos.

Com relação aos equipamentos Ex “e” com invólucro plásticos, deve ser verificado o devido aterramento, de forma a evitar o acúmulo de cargas eletrostáticas.

Além disto, sob o ponto de vista de manutenção deve também ser assegurado que os prensa-cabos e bujões utilizados na montagem dos equipamentos Ex “e” estejam devidamente apertados e fixados, de forma a não permitir o ingresso de água ou poeira ao interior dos invólucros.

A Norma Técnica Brasileira adotada ABNT NBR IEC 60079-17 apresente os detalhes de serviços de campo de inspeção e manutenção para diversos tipos de proteção “Ex”, inclusive para equipamentos com tipo de proteção Ex “e”.

 

Pergunta:

Sobre tipo de proteção Ex “d” é indicado os EPLs Ga, Gb e Gc. Isto está correto?

Resposta:

Correto. O tipo de proteção Ex “d” pode proporcionais níveis de proteção Ga, Gb ou Gc, dependendo das características de fabricação dos equipamentos.

Apesar dos equipamentos Ex “d” proporcionarem de forma “típica” o EPL Gb, existem no mercado pequenos sensores de gás sinterizados que proporcionam nível de proteção Ex “da” e pequenos dispositivos encapsulados em invólucro que proporcionam nível de proteção Ex “dc”. O nível de proteção proporcionado pelos equipamentos “Ex” está indicado na sua marcação.

Os detalhes de fabricação, avaliação e ensaios de equipamentos com invólucros à prova de explosão estão especificados na Norma Técnica Brasileira adotada ABNT NBR IEC 60079-1 – Tipo de proteção “d”.

 

Respostas às perguntas feitas pelos participantes no Webinar “Ex” – Módulo 3 – EPL e Tipos de Proteção “Ex”, realizado no dia 15/06/2021.

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